sábado, 27 de outubro de 2018

Dentro do armário

Esta dica é "de caras", mas às vezes é preciso verbalizarmos o óbvio para nos apercebermos do que está mesmo à frente do nosso nariz.

Azeite, polpa de tomate, comida processada como salsichas (no meu caso, de soja)... quem não tem destas coisas no armário?

A maioria deste tipo de produtos, "embalados" ou "enlatados", vem em embalagens de plástico, tetra pak ou alumínio.

O conceito de embalagem no nosso armário é muito recente. As avós guardavam recipientes que obtinham nas compras para acondicionar os produtos - arroz, massa, etc. - no armário. Hoje em dia, tudo vem dentro de algum tipo de embalagem, que permite guardar diretamente no armário. Sabemos bem que isto é confortável para toda a gente, mas acarretou o disparo do consumo de plástico e materiais processados a partir do plástico e/ou outro tipo de embalagens.

Enquanto não exploramos, neste blogue, as compras a granel, vamos concentrar-nos em reduzir danos nas nossas compras de embalagens.

Azeite:
As garrafas de plástico são leves e, por isso, uma opção prática para quem, como eu, costuma ir às compras sozinhas. Mas há muito as larguei! A opção de um garrafão de azeite (os mais baratos, de plástico) pode ser uma melhor solução, pois equivale a várias garrafas. Mas para quem, como eu, sobe escadas para o apartamento e vai às compras sozinha umas ruas ao lado, sem grandes possibilidades de fazer "compras do mês", a garrafa de vidro é a opção ideal para preguiçosas. É só lembrarmo-nos, na hora da compra, de comprar a garrafa de vidro em vez de plástico. #recusar

Polpa de tomate:
Um clássico na cozinha moderna mediterrânica, i.e., no mundo dos processados. Também há anos que recuso as embalagens tetra pak. Uma das minhas resistências iniciais passava pelo facto de as garrafas de vidro terem todas um tamanho demasiado grande para as minhas necessidades de (à data) estudante universitária a viver sozinha, o que acabava por produzir desperdício. A marca Continente costumava ter umas garrafas de vidro mais pequenas do que a que vêem na embalagem e tornou-se a minha tábua de salvação. Hoje em dia, como não vivo sozinha, convivo bem com este tamanho estandardizado. Para famílias, há sempre a hipótese de comprar a garrafa maior - mais uma vez, quanto maior a embalagem, menor o impacto ambiental no processo de produção. É sempre uma boa prática comprar a embalagem maior (desde que não implique desperdício).

Salsichas, feijão, grão e outros víveres afins:
A maioria destes produtos processados e pré-cozinhados vem em embalagens de alumínio, que colocamos, como sabeis, no ecoponto amarelo. Mas a maioria destes produtos tem alternativas em embalagens de vidro, pelo que, mais uma vez, é só lembrarmo-nos de ter esse critério quando vamos às compras. O preço pode ser um pouco mais caro, mas pode equilibrar-se com a compra de produtos "marca branca".


Especiarias:

O ideal é termos caixinhas próprias para lá colocarmos especiarias que compramos a granel ou adquirimos através de embalagens muito grandes que servem para a reposição paulatina do nosso produto. Aqui, mais uma vez, podemos ter o problema do desperdício. Para quem vive sozinha, a validade das especiarias é uma coisa difícil de controlar. Para estes casos, o ideal é optar por embalagens de vidro, pois garantem a tal "caixinha própria" para a especiaria que se usa mais e, por outro, reduz o plástico face a outras soluções, bem como o desperdício.

Apliquem este princípio a todos os produtos dentro do armário e verão que o espaço ocupado pelo vosso ecoponto amarelo reduz drasticamente!

domingo, 7 de outubro de 2018

Sabonete

Esta é uma outra daquelas soluções ecológicas que são simultaneamente mais económicas. É uma solução naturalmente antidesperdício e que permite reduzir brutalmente ou eliminar o plástico das embalagens do famoso gel de banho ou para as mãos!

Quando era pequena, o sabonete ainda era uma coisa normal. Lá em casa tinha-se uma predilecção pelo sabonete de glicerina, uma escolha que também existia no sabonete que tínhamos na escola, onde juntávamos os bocadinhos que sobravam de um sabonete e de outro e fazíamos um sabonete maior, possível de utilizar de novo, até se desfazer completamente. Lembro-me ainda de ser normal levar o sabonete numa caixinha de plástico para o balneário da escola, durando quase o ano inteiro. Estamos a falar de um tempo sobre o qual passaram uns meros quinze anos, o que nos permite "revisitar" sem dificuldade esses nossos hábitos.

Estou consciente de que há muitos sabonetes naturais e que permitem juntar às vantagens que já elenquei - redução de desperdício, redução ou eliminação de embalagem de plástico e redução de custo para consumidor/a - a importante vertente de não contaminarem as águas. Mas ainda não consegui encontrar, na minha rotina e à minha volta, solução fácil (para preguiçosas indisciplinadas) para essa maxicompra, pelo que o aqui vos trago foi a melhor solução que encontrei de supermercado de rua e de farmácia para, respetivamente, sabonete para as mãos e sabonete para o corpo (para usar no banho)

Sabonete para as mãos: Nivea Creme Soft


Por 1€, têm uma solução para o vosso lavatório que dura meses!
Faço publicidade à marca para que se possa tornar uma compra mesmo fácil: o sabonete vem numa embalagem de cartão, não há plástico a envolve-lo. Este foi o principal motivo pelo qual optei por esta marca. 
Já agora, conhecem outra marca de supermercado que o faça?


Sabonete para o corpo: Avène Cold Cream
(fonte da imagem - aqui)

Para quem tem uma pele sensível e costuma gastar balúrdios na farmácia em gel de banho e creme, esta pode ser uma boa solução.

Durante muitos anos usei Oleoban, mas o sabonete do Oleoban vem envolvido numa caixa de plástico rijo que me fez rejeitá-lo.
Optei pelo sabonete da Avène, que vem numa embalagem de cartão e depois embrulhado somente em papel.


Para além disso, tem um custo à volta de 7€, o que compensa largamente sobre as embalagens de gel para o banho dessas mesmas marcas à venda na farmácia.

Aqui ficam mais estas duas dicas, de preguiçosas para preguiçosas a mudar os nossos hábitos um passo de cada vez - e, no caso de hoje, um passo atrás (no tempo) :).

Lenços de papel... embrulhados em plástico

A época de Inverno é sempre propícia a constipações e gripes, o que implica que andemos sempre com lenços de assoar. Parece uma época m...