sábado, 8 de dezembro de 2018

Compras e o clássico "esqueci-me do saco"

Esta publicação não é apenas sobre o "saco das compras", pois até mesmo esse aspeto já deveria ser um dado adquirido na vida de uma preguiça urbana. Houve, certamente, uma fase em que toda a gente aderiu aos sacos robustos reutilizáveis mas, se tiverem agido como eu, rapidamente - e quase sem querer - acumularam uma série de sacos "reutilizáveis", que de "reutilizável" praticamente apenas tiveram a intenção de compra. Não cabem na carteira e, regra geral, são demasiado grandes para as compras diárias para uma preguiça urbana que vive sozinha. São úteis para as mudanças de casa e transporte de grandes volumes de um sítio para o outro mas não resolvem, na minha opinião, todo o comportamento associado aos sacos para transportar as compras. De há uns anos para cá, se me esqueço dos saquinhos de pano (ou mesmo dos grandes reutilizáveis), opto por comprar sacos de papel. Utilizo-os para armazenar os resíduos de papel até irem para o ecoponto e segue também para a reciclagem. Parece-me sempre uma melhor opção do que os sacos de plástico ou os sacos reforçados.
Felizmente, o "esquecimento do saco" é hoje uma coisa excecional. O treino leva à perfeição e ao ter comigo sempre um saquinho de pano, raramente sou surpreendida com a sua falta em compras inesperadas.
Mas o que foi realmente uma mudança grande nos meus hábitos foi ter deixado de usar sacos plásticos transparentes para acomodar a fruta, legumes e outros frescos que se compram avulso. Esta aprendi-a com a outra Preguiça Ecológica deste espaço, de há uns anos para cá deixei de colocar bananas, brócolos, alho-francês e coisas como tais nos famosos saquinhos de plástico. Coloco diretamente a etiqueta da pesagem no produto e sigo para a caixa diretamente.
Em produtos que não dá para agir dessa forma - por exemplo, ninguém consegue pesar e transportar 10 maçãs para a caixa - uso os meus próprios sacos. No início, comecei por levar os saquinhos transparentes das compras anteriores, mas toda a gente sabe que estes saquinhos são muito frágeis e não duram quase nada. Para além disso, implicava, à mesma, o processo da compra planeada, pelo que o risco do esquecimento era igualmente grande.
Apesar de o risco não se ter eliminado na totalidade - não há volta a dar, mesmo a solução para pessoas preguiçosas implica algum tipo de trabalho e comprometimento - os sacos de pano trazem outra responsabilização. Passei a usar os sacos de pano que usava para a totalidade das compras, chegava à caixa com as maçãs num desses sacos e depois metia as restantes compras lá para dentro.
Mas o melhor para quem nunca compra 10 maçãs mas sim 3 ou 4, como eu, é arranjar saquinhos pequeninos que ajudam a organizar as compras dentro do saco grande das compras.
Se tiver jeito e gosto na costura, pode facilmente fazer o seu próprio saco reutilizando tecidos; caso não seja a sua praia, pode sempre comprá-los. Eu utilizo uns que uma amiga menos preguiça e mais ecológica me deu: pequenos sacos de algodão biológico que, com uma certa transparência, são a imitação mais fácil do saco transparente.
Seja qual for a solução que adote, por favor, adote uma. Os sacos de plástico transparentes do supermercado são das coisas mais horrorosas que andam por aí, a voar por todos os lados. Novamente: são gestos simples, básicos e que em nada alteram a vida urbana, preguiçosa e confortável que vivemos, mas que fazem a diferença num planeta inundado da nossa luxúria e inconsciência.

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