terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Chá: também aqui, uma escolha!

(Para os efeitos deste texto, a palavra "chá" será utilizada de forma indiferenciada, incluindo as infusões...)

Vamos admitir: preguiça urbana que é preguiça não tem plantas a crescer na sua varanda em vasos, nem compra folhas para secar nem mesmo folhas de chá secas avulso.
Preguiça urbana que é preguiça vai ao supermercado e compra caixinhas com pacotinhos de chá.
Ora, por definição, caixinhas e pacotinhos são embalagens. Embalagens são coisas muito problemáticas, como sabemos. De cartão ou de plástico, o seu uso ultrapassou o necessário. A vida do século XXI, cada vez mais individualista e vivida a um/a, potenciou a produção de produtos de venda à unidade ou em pequenas quantidades. Tal também se repercutiu no chá, claro.
Quando era pequena, a cidreira era tirada do quintal, para secar e, mais tarde, fazer chá. A minha avó dizia muitas vezes que o sabor era diferente dos pacotes de compra - e era-o. Talvez por teimosia, pelo fascínio da rapidez e pela "limpeza" que o pacotinho de chá oferecia - e que só nos era permitido usar quando não havia erva cidreira do quintal - tendia a gostar mais do sabor da cidreira do pacote. Vão-se lá entender as crianças...
Hoje em dia, plenamente consciente do problema crónico das embalagens, sou incapaz de achar melhor o sabor do chá de pacote... mas como sou muito preguiçosa e vivo numa cidade e sem terra, continuo a comprá-los.
A boa notícia é que é possível fazer compras mais conscientes. Por exemplo, há marcas cuja embalagem se resume a cartão e um saco de alumínio, que contém lá dentro os pacotinhos todos, ou seja, não são embalados individualmente. São marcas menos vulgares e mais caras, porque juntam a este aspeto logístico a questão de serem produtos biológicos e de comércio justo, mas são uma boa hipótese.  Para quem tem menos paciência e dinheiro, a Lipton tem modelos de embalagem menos agressivos para o meio ambiente: apesar de a embalagem vir revestida em plástico, é de cartão e, lá dentro, contém os pacotinhos sem mais embrulhos.
Por outro lado, há marcas - como a Tetley - que embalam os pacotinhos em plástico, ou seja, usa saquetas individuais de plástico! Ou seja, a não comprar.
Dedicar um post ao chá justifica-se porque, para mim, o chá tornou-se um substituto do leite de vaca (que deixei de beber há quase 7 anos) e bebo muito chá. É uma rotina diária. Bebo, seguramente, mais de 500 chás por ano em casa. São 500 pacotinhos que não quero transformar em 500 embalagens de plástico. Estou certa que acontecerá com muitas/os de vós, por isso aqui fica a dica!

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